Tirana
foi nossa primeira e última parada na Albania. Sendo a capital do país ela tem
uma estrutura turística aceitável, mas não é muita coisa quando comparada à
outras cidades européias e até mesmo asiáticas.
Não
há ofício de turismo na cidade (só vi um em Saranda), os mapas dos hotéis não são
dos melhores e os recepcionistas não sabiam dar muitas informações. Não há uma
rodoviária bem definida, ônibus partem de todos os pontos da cidade e só deus
sabe onde elas ficam.
Tirana - 08/2013: Uma das "rodoviarias" de Tirana.
A
qualidade dos hotéis que ficamos era correta à boa. Na primeira noite ficamos
num hotel três estrelas correto (nada de luxo), com pessoal simpático e bem
situado (Hotel Nobel, perto da praça Skanderberg). Nas últimas noites decidimos
nos pagar um pouco de conforto e ficamos no único hotel cinco estrelas da
cidade (Tirana International), que tem um preço barato (75 euros com café da
manhã) pelo serviço proposto.
O
povo albanês é muito, muito simpático. Sorriem sempre, tentam te ajudar mesmo não
falando língua nenhuma. Na nossa luta diária para achar ônibus, nós
costumávamos dizer a palavra ônibus, o nome da cidade, uns gestos com a mão
para saber de onde ele saia e apontando para o relógio para saber a hora. Até
que conseguimos nos virar … mas se as pessoas falassem inglês ajudaria.
Como
o povo não está acostumado com turistas e como o país abriu suas fronteiras há
pouco tempo, eles ainda não sabem enganar turistas e ainda não entenderam que
os estrangeiros têm um poder aquisitivo muito, muito maior que o deles.
Então,
a boa coisa era que nós pagávamos os mesmos preços dos locais e que tudo era
uma pechincha se convertido em euro. Nem na cotação de moeda eles tentavam
ganhar dinheiro. Para vender euro e comprar lek, a comissão era de 2 centavos
de euro !
Para
ter uma idéia de preços, com 1 euro era possível comprar 14 bolas de sorvete !
Na França você compra uma bola por 2,5 euros … na Albania eu alimentaria mais
de três times de futebol ! Uma refeição completa, com vinho, saia por uns
15 euros, em restaurante chique.
A
entrada do museu era menos de dois euros.
Achei o país realmente seguro. Em
nenhum momento tive medo andando nas ruas e as próprias pessoas dos hotéis nos
diziam que era tranquilo sair à noite em qualquer bairro da capital.
Arquiteturalmente
a Albânia é uma zona. Alguns lugares você vê que há um esforço em construir
prédios bonitos, manter os jardins bem cuidados e ruas bem sinalizadas, mas
basta virar o rosto e você se depara com prédios não terminados, fios
pendurados por todos os lados, ruas esburacadas, terreno baldio com lixo. O que
é uma pena, pois ao lado de belos monumentos você tem a bagunça. O planejamento
estético da cidade é nula.
Tirana - 08/2013: Prédio pintado e praça. O prefeito da cidade decidiu pintar os prédios de cores vivas para embelezar a cidade.
Tirana - 08/2013: Prédio pintado e praça. O prefeito da cidade decidiu pintar os prédios de cores vivas para embelezar a cidade.
Apesar
disso, ainda é possível cortar a cena e ter belas fotos.
Na
Albânia me senti em alguns bairros pobres de São Paulo, onde casas arrumadinhas
convivem com casas zoadas e tá tudo bem, o que importa é que o povo é simples,
honesto e feliz.
Acredito
que parte da alegria e simplicidade dos albaneses venha do passado difícil e
tumultuado que tiveram. A nação é recente e a paz também, por isso que o povo é
sossegado.
Quando
eu digo que passei o verão na Albânia, o povo me pergunta : « mas o
que tem para fazer e ver na Albânia ? ». Eu digo que não tem nada de
mais, mas é um país pitoresco e autêntico e apenas isso vale a viagem. Passear
pela Albânia me deu um sentimento nostalgico, eu imaginei um Brasil antigo (interior de SP), da
época dos meus pais (ou talvez avós), onde não havia muita infra-estrutura, mas
havia a simplicidade e não havia a enganação (tirar vantagem dos outros).
Depois
do blá, blá aqui vão algumas fotos das principais atrações de Tirana, a capital
da pequena Albânia. Explicações e curiosades estão descritas nas legendas das fotos.
Tirana - 08/2013: Praça Skanderberg - à esquerda a mesquita Etehen Bey (1794), um resquicio da arquitetura otomana.
O museu de historia da Albânia é bem interessante. Ele conta a historia do pais desde sua ocupação pelos bizantinos, passando pela ocupação turca, Skanderber, movimentos de independência, ocupação comunista, guerras mundiais ... até a independência e criação do pais.
O mosaico da fachada do museu, inaugurado em 1981, simboliza a luta do povo albanês pela sua identidade e independência.
Achei interessante que um pais com mais de 70% de muçulmanos (nem parece, pois vi três mulheres com véu na viagem inteira!) tenha colocado uma mulher como lider do movimento.
Prestando atenção a mulher abre caminho para as diferentes identidades do pais (povo do campo, povo do sul, povo do norte) e tem uma arma na mão, chamando para a batalha.
Tirana - 08/2013: Detalhe de uma das pinturas da mesquita.
Tirana - 08/2013: Mercado à proximidade do centro. O que chama atenção é a organização dos ovos por tamanho. O preço varia en função do tamanho do ovo.
Tirana - 08/2013: Centro comercial Taiwan e parque Rina vistos da Sky Tower (um bar que roda e faz uma panorâmica da cidade).
Tirana - 08/2013: A Pirâmide construida em 1988 para celebrar a morte do ditador Hoxha. O prédio foi inicialmente criado para abrigar um museu, mas acabou caindo no abandono. Hoje tem algumas salas de espetaculo e conferência.
Tirana - 08/2013: Bloku (antigo bairro comunista de Tirana que fora aberto à população depois do fim do comunismo) e bunker (muitos bunkers foram instalados no pais durante as guerras).
Tirana - 08/2013: Bloku (bairro mais bonito e arrumado de Tirana, onde estão celebridades e o governo) e a Praça Madre Teresa (mudeu de arqueologia ao fundo).
Tirana - 08/2013: Na Albânia não tem MC Donalds (é o unico pais da Europa que não tem o grande M), mas eles têm uma versão albanesa da rede de fast food, o Kolonat.
Tirana - 08/2013: Mercadinho de frutas, gostei do constraste das cores. Da foto não da para ver, mas logo embaixo da telha havia uma bacia com azeitonas e da telha caiam gostas de agua direto dentro da bacia. Olha, não sei como não morrem. Fazendo um parenteses, até achei a Albânia limpinha, as pessoas não jogam lixos no chão (apesar de joga-los em terrenos baldios) e não vi nada muito sujão em termos de comida. Era bem mais limpo que a Tailândia, por exemplo.
Tirana - 08/2013: Mercado de rua perto da estação de trem de Tirana. O guia não o indicava e acabamos achando por sorte durante nossas buscas por ônibus. Esse mercado é muito tipico e é uma pena o guia não indica-lo. O que chamou atenção foi a quantidade de sapatos usados que eles vendiam. Era possivel encontrar todas as marcas, tamanhos e modelos.
Tirana - 08/2013: Oculos e relogios. Tudo em grandes quantidades. Na Albânia não existe as lojas de marca que você encontra no Brasil, Europa e Asia. São produtos locais ou dos vizinhos. A exportação de produtos estrangeiros não é muito forte e o comércio de rua e local prima.
Tirana - 08/2013: Mercado secundario de coisas velhas e usadas. A rua ja não é mais asfaltada e o povo é bem mais pobre. Essa é a cara da Albânia, um pais pobre, mas autêntico, com pessoas simples.
Proxima destinação Berat e a descoberta de andar de ônibus na Albânia.
Tirana - 08/2013: Praça Skanderberg - à esquerda a mesquita Etehen Bey (1794), um resquicio da arquitetura otomana.
Tirana - 08/2013: Praça Skanderberg - Museu Nacional Historico e seu famoso mosaico.
O museu de historia da Albânia é bem interessante. Ele conta a historia do pais desde sua ocupação pelos bizantinos, passando pela ocupação turca, Skanderber, movimentos de independência, ocupação comunista, guerras mundiais ... até a independência e criação do pais.
O mosaico da fachada do museu, inaugurado em 1981, simboliza a luta do povo albanês pela sua identidade e independência.
Achei interessante que um pais com mais de 70% de muçulmanos (nem parece, pois vi três mulheres com véu na viagem inteira!) tenha colocado uma mulher como lider do movimento.
Prestando atenção a mulher abre caminho para as diferentes identidades do pais (povo do campo, povo do sul, povo do norte) e tem uma arma na mão, chamando para a batalha.
Tirana - 08/2013: Mesquita de Etehen - entrada.
Tirana - 08/2013: Detalhe de uma das pinturas da mesquita.
Tirana - 08/2013: Praça Skanderberg vista do Hotel Internacional de Tirana. Ao fundo os prédios do governo, à esquerda Opera e Mesquita, à direita a catedral de Tirana (cupula azul).
Tirana - 08/2013: Mercado à proximidade do centro. O que chama atenção é a organização dos ovos por tamanho. O preço varia en função do tamanho do ovo.
Tirana - 08/2013: Centro comercial Taiwan e parque Rina vistos da Sky Tower (um bar que roda e faz uma panorâmica da cidade).
Tirana - 08/2013: Achei curioso a senhora regando o parque. No final do dia, varias mulheres ficavam regando a grama dos parques.
Tirana - 08/2013: A Pirâmide construida em 1988 para celebrar a morte do ditador Hoxha. O prédio foi inicialmente criado para abrigar um museu, mas acabou caindo no abandono. Hoje tem algumas salas de espetaculo e conferência.
Tirana - 08/2013: Bloku (antigo bairro comunista de Tirana que fora aberto à população depois do fim do comunismo) e bunker (muitos bunkers foram instalados no pais durante as guerras).
Tirana - 08/2013: Bloku (bairro mais bonito e arrumado de Tirana, onde estão celebridades e o governo) e a Praça Madre Teresa (mudeu de arqueologia ao fundo).
Tirana - 08/2013: Na Albânia não tem MC Donalds (é o unico pais da Europa que não tem o grande M), mas eles têm uma versão albanesa da rede de fast food, o Kolonat.
Tirana - 08/2013: Mercadinho de frutas, gostei do constraste das cores. Da foto não da para ver, mas logo embaixo da telha havia uma bacia com azeitonas e da telha caiam gostas de agua direto dentro da bacia. Olha, não sei como não morrem. Fazendo um parenteses, até achei a Albânia limpinha, as pessoas não jogam lixos no chão (apesar de joga-los em terrenos baldios) e não vi nada muito sujão em termos de comida. Era bem mais limpo que a Tailândia, por exemplo.
Tirana - 08/2013: Catedral ortodoxa de Tirana.
Tirana - 08/2013: Mercado de rua perto da estação de trem de Tirana. O guia não o indicava e acabamos achando por sorte durante nossas buscas por ônibus. Esse mercado é muito tipico e é uma pena o guia não indica-lo. O que chamou atenção foi a quantidade de sapatos usados que eles vendiam. Era possivel encontrar todas as marcas, tamanhos e modelos.
Tirana - 08/2013: Mercado de frutas, cada vendedor expondo seu peixe, sem barraquinha mesmo.
Tirana - 08/2013: Oculos e relogios. Tudo em grandes quantidades. Na Albânia não existe as lojas de marca que você encontra no Brasil, Europa e Asia. São produtos locais ou dos vizinhos. A exportação de produtos estrangeiros não é muito forte e o comércio de rua e local prima.
Proxima destinação Berat e a descoberta de andar de ônibus na Albânia.
2 comentários:
Fiquei curiosa para conhecer tirania porque converso com um albanes todos os dias pela rede social , e vejo que ele é verdadeiro no que me fala sobre a cidade e sobre o povo lá , gente honesta , humilde , gostei muito dessa matéria .
ALBÂNIA A NAÇÃO QUE TIROU “DEUS” DO DICIONÁRIO EXPERIMENTA AVIVAMENTO
http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com.br/2014/11/albania-nacao-que-tirou-deus-do.html
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